terça-feira, 23 de agosto de 2011

Capítulo I: Cena 2 - O Início da Jornada - 2ª Parte

         No post anterior narrei meu primeiro contato com o Universo Fantástico do RPG, se me permitem o trocadilho.
         Pois bem, foi através de uma revista inspirada no universo de Tolkien que comecei a me aventurar pelo RPG e foram muitas das histórias desse inspirado autor inglês, que na época eu estava começando a conhecer, que inspiraram minhas primeiras aventuras.
         Tudo começou assim: lá estava eu de posse de um livro de regras de RPG, mas sem ter com quem jogar. Não havia nenhum mestre na minha cidade e o acesso a internet pra mim, na época, era bem limitado. O que fazer então? Teria que começar a mestrar eu mesmo. De posse de muita empolgação, algumas revistas Dragão Brasil que conseguia compradas nos Sebos e as idéias que pululavam em minha mente, grandemente inspiradas pelo filme do Senhor dos Anéis, comecei a apresentar para meus dois irmãos mais novos o mundo mágico que começava a se descortinar diante de meus olhos, e que logo fascinou a ambos.
         Logo queríamos começar a criar nossos personagens e a levá-los pelo mundo da magia, combatendo o mal, salvando princesas e escrevendo nossos nomes na história... Hum, onde já ouvi essa frase antes?
         Nossa empolgação era tanta que logo dois amigos de meus irmãos, e, por conseguinte, colegas meus se juntaram ao grupo. Estávamos cheios de idéias para nossos personagens, na maioria nem um pouco originais, mas, com certeza, muito sinceras. Só havia um problema: pra jogar o sistema SiRIUS precisávamos de dados de 10 lados, coisa que nem em minha cidade nem na cidade vizinha (Itajubá) alguém já havia visto ou ouvido falar.

Dados de madeira para RPG: a imaginação não tem limites.

           Pois bem: não deixei isso me abater de forma alguma! Fiz eu mesmo dados de 10 lados feitos de madeira, para que pudéssemos jogar. Com carinho e muito zelo, cortava, lixava e envernizava os danadinhos, para que nada pudesse interromper nossa jornada rumo a um universo de sonhos e descobertas.
           Ainda guardo esses objetos tão simples, mas ao mesmo tempo tão simbólicos em minha vida, pois mostraram que, quando se quer alguma coisa, é só trabalhar duro e com confiança que conseguimos. He He... Como podem ver nas fotos, os dados ficavam meio tortos e me lembro muito bem que alguns números sempre saiam mais que outros, mas nem nos importávamos com isso. Tudo o que queríamos era interpretar nossos heróis e (no meu caso, snif, snif) vilões... E “jogarmos” incríveis aventuras.




D4, D6, D8, D10, D12 e D20: A coleção completa para D&D.
 

Havia dados dezenados, para rolar porcentagem e até um dado que fiz com números élficos.


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